[RESENHA] Círculo Secreto - A Prisioneira

Nome: Círculo Secreto - A Prisioneira
Autora: L.J Smith
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501096272
Páginas: 240

Segundo volume da série Círculo secreto. Cassie está sendo chantageada por Faye para roubar a poderosa Caveira de Cristal descoberta por Adam. Ao ter o objeto em mãos, Faye libera uma força maligna que irá despertar uma onda de assassinatos em New Salem. A chantagem que prende Cassie a Faye, fará com que a primeira precise se envolver cada vez mais em uma rede de intrigas e corrupção, traindo por fim a confiança de Diana."

A Editora Galera Record lançou mês passado o segundo volume da trilogia Círculo Secreto, “A Prisioneira”. Os primeiros acontecimentos ocorrem dias depois da última cena de “Iniciação”, o primeiro livro. Fazendo jus ao nome, já no início temos Cassie sendo chantageada por Faye, que ameaça denunciar toda hora para Diana o affair da mocinha com Adam. Para manter a valentona com o “bico fechado” e, conseqüentemente, não chatear sua melhor amiga que também é namorada de Adam, Cassie se vê obrigada a seguir as ordens dadas pela mesma sem reclamar.


Quem leu a análise geral da saga Diários do Vampiro postada há alguns dias aqui no site, sabe que eu aprovei bastante (e somente) os três primeiros livros da mesma. “Círculo Secreto” me lembra muito a trilogia “O Despertar, o Confronto e a Fúria”. Não em quesito de reutilização de histórias, mas sim com a estrutura. Algo que é muito bom, diga-se de passagem.

O livro é bem curto. Conseqüentemente, não há muito espaço para “encheção de lingüiça”. 90% do que acontece ocorre por um motivo, mesmo que ele não fique claro inicialmente. É aquela velha história: “Se um personagem espirra nas primeiras páginas, certamente ele pegará uma gripe mais pra frente”. 

Quem leu “A Iniciação” sabe que o Círculo Secreto, diferentemente da série, contém inúmeros integrantes. Se eu não estiver enganado, acho que são onze ou doze. Entre os integrantes temos os bonzinhos, os malvados e aqueles que permanecem em cima do muro. L.J Smith obteve sucesso aos lembrar os leitores qual posição cada um ocupava já no começo.

Eu me recordo de que na minha resenha de “A Iniciação” eu elogiei o clima que a autora dava para a história. Isso porque a magia dos feitiços é ligada diretamente com os elementos da natureza. Assim, há aquela coisa de “sinta o ar, a água, o fogo e a terra”. L.J conseguiu estender tal coisa para “A Prisioneira” também. Quem já é expert nos trabalhos da Smith sabe que a mesma ama fazer comparações. Em “Círculo Secreto” temos comparações com coisas envolvendo a natureza em – quase - todas as páginas. Vale ressaltar também a presença da mitologia grega. Cada membro do círculo parece ser a personificação de um Deus grego – e quem já leu alguma entrevista da escritora sobre a saga sabe que essa era a intenção dela desde o início. Ponto pra ela por ter conseguido expor isso tão bem.

A trilogia até agora se mostrou uma grande construção que nos prepara para o capítulo final – ou seja, o terceiro livro, aonde tudo chegará ao seu grande ápice. Se em “A Iniciação” conhecemos os personagens e as regras da bruxaria, em “A Prisioneira” aprendemos muito sobre o grande vilão da história, Black John.

A única coisa que me incomodou foi a protagonista, Cassie. Ô GAROTA CHATA! Sério, não tinha onde enfiar mais chatice nessa menina, que passa o livro inteiro sendo manipulada e dramática. Mas, ok. Ainda sim acho que os pontos positivos superam os negativos.

Se você gostou de “A Iniciação”, provavelmente vai adorar “A Prisioneira”, que se encerra com diversos ganchos para o terceiro livro – que, infelizmente, só deverá chegar ao Brasil ano que vem. Que a terra, o ar, o fogo e a água conspirem para que o tempo passe logo! ;D